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Esse artigo visa apresentar o estudo realizado acerca do projeto Escola Sem Partido (ESP) em relação aos seus fundamentos, motivações e tramitação, enfatizando sua atuação no município de Araraquara. O Brasil encontra-se em um momento de crise, o que demandaria do campo educacional, uma formação crítica em favor da democracia e da cidadania de fato. Entretanto, em pretensão de neutralidade, o ESP advoga um ensino livre das ideologias, que tem gerado um ambiente educacional acrítico e de insegurança referentes às discussões políticas possíveis. O ambiente crítico favorável ao desenvolvimento das características democráticas e cidadãs encontram-se em constante ameaça. A crítica política, nas escolas, sofre ataques gerando um ambiente de insegurança e, quando não, um ambiente de criminalização sob o jargão de doutrinação ideológica. Concomitante, e talvez com ligações profundas, o Brasil passa por uma acelerada reformulação no mundo do trabalho, reformas trabalhistas, aumento da jornada de trabalho, terceirização, reforma educacional, etc. Assim, como objetivo deste trabalho se pretende avaliar, quanto do ideal transmitido pelo Escola Sem Partido auxilia nesse processo de reestruturação do mundo do trabalho e qual o propósito de desestimular o debate político e crítico nos ambientes formativos.