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O presente trabalho analisa de forma crítica como a formação docente em cursos de Letras tem incorporado as exigências legais e pedagógicas da Educação Bilíngue de surdos no Brasil, especialmente no tocante ao ensino de português como segunda língua (L2). A pesquisa discute a relação entre políticas públicas - como a LDB, a Lei nº 10.436/2002, o Decreto nº 5.626/2005 e a Lei nº 14.191/2021 - e a organização curricular dos cursos de licenciatura, evidenciando lacunas que comprometem a efetivação das práticas bilíngues. A partir de revisão bibliográfica e análise documental de Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs), investigam-se a presença de conteúdos ligados à Libras, ao ensino de L2 e às metodologias voltadas ao letramento visual. Os resultados indicam fragilidades na formação inicial, ausência de diretrizes explícitas para o ensino de português como L2 e carência de materiais didáticos adequados às especificidades linguísticas dos estudantes surdos. Conclui-se que a consolidação da educação bilíngue depende de reorganização curricular, fortalecimento das políticas institucionais e ampliação da formação específica, promovendo práticas inclusivas e linguisticamente orientadas.