O presente relato de experiência tem como objetivo analisar as práticas e as estratégias de adaptação de materiais e aulas de matemática voltadas a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma escola pública da cidade de Araraquara-SP,  observadas no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O estudo, de caráter qualitativo e descritivo, fundamenta-se em registros de observação e anotações de um futuro professor de matemática, buscando compreender de que forma as adaptações são realizadas pelos docentes e de que maneira essas ações influenciam o processo de inclusão escolar. As observações mostraram que, em grande parte dos casos, as adaptações são desenvolvidas de maneira autônoma pelos professores, sem suporte institucional ou auxílio de profissionais especializados, o que evidencia as limitações estruturais e pedagógicas enfrentadas no cotidiano escolar. Apesar disso, foi possível identificar o desempenho individual dos docentes e a sensibilidade em buscar estratégias que favoreçam a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Conclui-se que a formação continuada dos professores e o fortalecimento de políticas públicas de apoio à inclusão são fatores essenciais para garantir práticas pedagógicas eficazes e equitativas, assegurando a construção de um ambiente escolar mais acolhedor, acessível e comprometido com o direito à educação para todos.